A saída do albergue foi de manhã bem cedo, mais ou menos a 6 hs da manhã, aliás, o horário em que os albergues funcionam são de 13h às 22h e devemos sair até as 8h da manhã do dia seguinte, na parte da manhã preparam e fazem as limpezas para receber os próximos peregrinos.
Atravessamos a Ponte Internacional com destino à Tui, ponte esta que separa Portugal de Espanha e entramos na Galiza, Tui é uma cidade histórica lindíssima situada em um promontório, a travessia do Rio Minho foi linda, só ouvíamos o barulho do canto de pássaros tínhamos um lindo panorama de Tui ao fundo e o rio muito manso. Não conseguimos selos, pois ainda era muito cedo, mas quando chegamos ao marco oficial do Caminho Português, um senhor nos ofereceu para tirar uma foto, a partir de Tui as conchas e setas amarelas, além do marco que marcam os kms que faltam até Santiago de Compostela, foram os nossos guias. Saímos da cidade através de um caminho cercado por videiras e depois se fechou em uma linda floresta, passamos pela Ponte das Febres ou Ponte de São Telmo, patrono de Tui. A pior parte do caminho para mim foi a entrada em Porriño, pois atravessamos uma grande zona industrial de Gândaras de Budiño que não tem beleza nem sombra, mas durante o longo caminho tudo isso é compensado. Depois de uma manhã caminhando chegamos à tarde no Albergue de Peregrinos O Porriño, infelizmente esquecemos de tirar fotos dele, é um grande albergue onde encontramos pessoas de todas as partes. É aqui que começamos a acompanhar algumas caras durante o caminho, foi aqui também que começaram minhas bolhas nos pés, pesadelo durante todo o caminho. O Albergue está localizado em lugar muito bonito com jardins e um belo riacho.
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